terça-feira, 7 de junho de 2011

Joana de Acônito

O primeiro longa registrado a gente nunca esquece...

Esse foi conclusão de curso de Roteiro de Cinema na Biblioteca Roberto Santos em 2009 - com Roney Freitas e Thais Fujinaga.


Só um cadim... tá bem?



CENA – Casa de Joana/Cozinha/Quarto – INT – DIA
Joana agora observa a cabra tomar água. Ela tenta roubar-lhe a caneca, mas toma um coice.
Joana olha para o bode se aproximar e comer um pedaço de sua planta.
Ela espanta o animal.
Joana arruma as flores da planta e ao olhar para o bode novamente o vê morto no chão.
Joana olha triste para as imagens que estão paradas. Os vultos estão ao seu redor. Começam a falar com mais intensidade.
Empurram-na.
Joana calça seus chinelos e coloca o véu da mãe. Ela está aflita, apressada. Sai correndo de casa.

CENA – Capela de Santa Menininha – INT – DIA
Joana adentra a capela e faz o sinal da cruz.
Enquanto ela entra, as imagens da igreja falam com ela. Algumas palavras de consolo, outras de culpa.
Ela senta-se no primeiro banco. Balança as pernas, fecha os olhos, ouve sinos.
O vulto de batina de aproxima e senta-se perto dela.
JOANA
- Perdoa Padim. Só vim ouvi os sino.
Mexe em seus cabelos. Joana se afasta receosa.
Ele coloca as mãos em suas pernas com a intenção de paralisá-las.  Joana está imóvel.
PADRE
- Tem de quê não fia. É só se aprochegar que ganha fubá.
Ele a acaricia mais intensamente.
Santa Menininha senta-se e agita-se. Ela começa a gargalhar e grita chacoalhando as mãos.
Santa Menininha
- Foge que ele é o véi do saco!
Joana pega apressada o fubá que está em cima da mesa e corre em direção à porta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário